quinta-feira, 19 de maio de 2011

Programação do Encontro


27/mai
Sexta - feira
28/mai
Sábado
29/mai
Domingo
30/mai
Segunda-  feira
31/mai
Terça - feira

Manhã
Inscrições
Abertura
Mesa II e GD: Formação Profissional - Currículo e PL 2824  
Ato Público
Reunião das delegações

Painel I: Análise de Conjuntura: Educação e Questão Agrária

Tarde
Inscrições
Mesa I e GD: Formação Profissional: Extensão e Ciência e Tecnologia    
Painel II
Campanha da FEAB - Via Campesina:
Campanha Nacional contra o uso dos Agrotóxicos
Ato Público
Plenária Final




Noite
Palestra: Histórico da Agricultura
PREB 1: Conjuntura Local
Preparação para o Ato
Painéis Paralelos: Gênero, Educação do Campo, Cotas, Agroecologia etc
Retorno


Apresentação das escolas
PREB 2: Calendário de lutas
Cultural



Cultural
Cultural
Não haverá Cultural.


Como chegar no Campus do Pici UFC / Contatos

PRA QUEM VEM DE ONIBUS :Após sair da rodoviária de Ônibus, pedir informações sobre como chegar na Av 13 de maio (é 5 min caminhando), na Av 13 de maio pegar o onibus Campus do Pici UNIFOR (a parada é numa praça, onde tem uma estátua de um Santa - não esquecer de perguntar se o onibus está indo em direção ao Campus do Pici). PRA QUEM VEM DE AVIÃO: Informar-se sobre onde pegar o onibus que vai para o terminal da parangaba, ao chegar no terminal da Parangaba, pegar o onibus Franciso Sá e descer em frente ao Campus do Pici. CHEGANDO NO CAMPUS: Informar-se onde fica a cantina da Engenharia de Pesca, estaremos num prédio ao lado recepcionando-os e fazendo as inscrições.

Contatos FEAB Fortaleza: (85)88080980 FEAB Oi
                                          (85)97250785 FEAB Tim
                                          (85)91966760 FEAB Claro

Quanto as Incrições

As incrições iniciarão na segunda feira dia 23 de maio para estudantes da escola de Fortaleza, e as demais escolas deverão ser inscritas pelas delegações na chegada do encontro.

TRAGA SEU KIT MILITANTE

Além de disposição, desprendimento, organização, debate etc...
Trazer tbm barraca ou colchão, kit militante!

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Grade do Curso de Coordenadores


23/maio
24/maio
25/maio
26/maio
27/maio
Manhã
chegada
Apresentação do IIIEREA
Papel dos coordenadores
Mística

            Síntese  
Trabalho de Base
Agitação e Propaganda
Planejamento da Coordenação e Mística
Tarde
chegada
Formação em Economia Política
Universidade
Formação Profissional: CT /Oficina de Agitação e Propaganda
Planejamento da Coordenação e Mística
Noite
chegada
Formação em Economia Política
Questão Agrária
Formação Profissional: Agroecologia/ Mística de divisão das duplas de coordenadores e da equipe de mística
 Descanso!

*     Formação em Economia Política: Momento de formação pra trazer pros militantes alguns conceitos básicos em torno da Economia Política, como por exemplo, e formação econômica e social do Brasil e a posterior construção das classes sociais, o papel do Estado da sociedade capitalista entre outros. O método utilizado, geralmente, é bastante dinâmico e já envolve o coordenador na lógica de como trabalhar dentro do EREA;
*     Apresentação do III EREA:

Reflexões sobre qual o papel do EREA atualmente dentro da FEAB. Proposta política da CO Fortaleza, objetivos e pontos principais do encontro a serem trabalhados com os coordenadores.

*     Cultural
Momento de descontração e de integração entre os coordenadores.
*     Papel dos Coordenadores:  
Nesse momento devemos trazer elementos de como são os coordenadores que dão vida ao congresso e dependendo do entrosamento deles as coisas fluem muito melhor. Também traremos elementos em torno da importância das dinâmicas como ferramenta política dentro do debate, sem banalizar, mas também sem esquecer que existe. Logo após esse momento mais geral aprofundaremos no desafio central do coordenador que é o Trabalho de Base;
*     Trabalho de Base:  
Momento que traremos esse desafio para o coordenador, no sentido de contribuir na proposição de um método de cativação, acompanhamento, etc.

*     Questão Agrária: Momento onde serão abordados os espaços de organização do campo e seus processos de luta, o impacto das políticas Governamentais no campo, o papel de parte do Campesinato Brasileiro organizados nos MS na sociedade.


*     Universidade: Momento que será abordado a Universidade e seus espaços de luta, o papel do ME na formação e organização dos estudantes, os ataques do Estado Brasileiro à educação.

*     Agitação e Propaganda; Mística:
Trazer elementos políticos e históricos da agitação e propaganda para a esquerda mundial.
Trazer elementos do papel da mística na luta de classes;

*     Oficina de Agitação e Propaganda
Momento prático de construção de materiais pro EREA. Fabricação de stencil, mural, etc. Construção de paródias de músicas pro EREA.

*     Formação Profissional; Agroecologia:Trazer a Ciência Agroecólogica como tutora dos processos de lutas imprimidos pelas FEAB. Horizonte apontado para o profissional Agrônomo.

*      Formação Profissional; Ciência e Tecnologia:
Momento de estudo sobre o surgimento da ciência clássica, qual espaço ocupa no espectro do conhecimento humano e suas relações com outras formas de conhecimento. Princípio filosófico e quântico para explicar qual condição se situa a ciência, seus limites e contradições modernas. E seu papel atual na sociedade Capitalista.  

*     Síntese:   Momento de estudo sobre qual o papel da síntese, a importância desta na construção das Organizações e seus elementos constitutivos. A síntese no IIIEREA.
*     Mística de divisão das duplas e comissão de mística
A divisão será feita de maneira a se respeitar as disposições e afinidades entre os participantes bem como uma intencionalidade política da CO do IIIEREA. Será um momento místico que facilitará o processo de escolha das duplas, pela CO, bem como os que tiverem uma maior afinidade com a questão da mística.
*     Planejamento
Nesse momento cada dupla irá pensar sobre seus desafios conforme a grade do EREA. A comissão de mística vai pensar e ensaiar todas as místicas do Encontro.
*A Proposta está sujeita a alterações.

Ficha de Inscrição para o Curso de Coordenadores

Ficha de Inscrição para o Curso de Coordenadores do III ENCONTRO REGIONAL DE ESTUDANTES DE AGRONOMIA DO NORDESTE – IIIEREA - NE
O Profissional Agrônomo: O papel da FEAB na sua construção/formação

Nome Completo:
R –
 Apelido:
R –
Idade:
R –
Sexo:
R –
Universidade:
R –   
Período em que está:
R –  
Pertence a qual organização:
 R – 
Quanto tempo está na organização?
R –                           
Já participou de algum espaço da organização? Se sim, quais e sobe qual condição (CPP, CO, Coordenador, Cursista / Encontrista, etc)?
R –   
Participou/participa de alguma outra organização? Se sim, quais e quanto tempo (grupo de Agroecologia, centro acadêmico, grupo de estudos, partido político, ONG, etc.)?
R – 
Qual sua expectativa com o Curso de Coordenadores do III EREA-NE?
R – 
Qual sua expectativa com o III EREA-NE?
R –  
Vem como para o curso (Avião, ônibus, carro, caminhão, carona, só Jah sabe...)?
R – 
Escreva um pouco sobre o que representa a FEAB para você e qual o papel dela na sociedade.
R – 
Escreva um pouco sobre o que você acha do papel dos Encontros Regionais dentro da FEAB, a que eles realmente servem? Estes em sua opinião vêm cumprindo seus objetivos? Se sim ou se não, por quê?
R – 
Tem algum problema de saúde? Se sim, qual?
R –  
Tem alguma restrição alimentar? Se sim, qual?
R – 
Contatos (Telefone, e-mail, skype, MSN, etc):
R – 

Desafios para o Agroecologista


Horacio Martins de Carvalho

(Curitiba, 31 de julho de 2007)

1.      A reprodução social do campesinato

Se considerarmos que a racionalidade camponesa tem como ponto central a reprodução social da família, subentendendo nessa assertiva a reprodução continuada e crescente de melhoria das condições de vida e de trabalho, é possível e pertinente se afirmar que na sociedade brasileira contemporânea essa reprodução camponesa pressuporá uma relativa e crescente monetarização da sua economia para dar conta das necessidades objetivas de acesso a bens e serviços tanto para o consumo familiar como para o desenvolvimento das forças produtivas dos seus processos de trabalho na unidade de produção camponesa.

Sem dúvida alguma que os hábitos de consumo familiar e os hábitos de trabalho são largamente influenciados pela ideologia dominante a qual, afirmando os valores da sociedade capitalista neoliberal, tem na inovação constante e no consumismo alguns dos seus referenciais necessários para garantirem a taxa média de lucro da empresas capitalistas, considerando-se, ademais, que a exploração do trabalho, seja o assalariado seja o dos camponeses, é uma constante da reprodução do capital.

Mesmo que os camponeses consigam manter um relativo equilíbrio na dinâmica econômica e social da reprodução da sua unidade de produção, seja ela unifamiliar ou multifamiliar, ao manter tanto as relações não-mercantis (autoconsumo e trocas comunitárias) como as mercantis (vendas e aquisições nos mercados), a tendência geral da sociedade capitalista oligopolista é a de determinar preços relativos cada dia mais desfavoráveis para os produtos  primários “in natura” ou semimanufaturados em relação àqueles industrializados.

Caso essa premissa seja válida, tudo leva a crer que os camponeses deverão enfrentar, no curto e médio prazo, enquanto permanecer na formação social brasileira a dominação do modo de produção capitalista oligopolista de caráter mundial, hoje hegemônico, a exigência de ampliarem seus esforços produtivos e de gestão da unidade de produção camponesa para obterem mais dinheiro nas trocas comerciais para, com ele, darem conta de parcela cada vez mais crescente dos consumos familiar e produtivo de mercadorias e serviços que lhes são intrinsecamente necessários ao seu padrão reprodutivo, este de maneira crescente, cada vez mais determinado pela inovação e propaganda capitalista.

            E, além dessa dimensão microeconômica e social, caso a unidade de produção camponesa contemporânea seja concebida também como a negação da empresa capitalista nas lutas sociais para a implantação de uma nova concepção de mundo e, portanto, portadora de um novo paradigma para um outro modelo de desenvolvimento rural, essa unidade de produção camponesa, singular ou em cooperação, deverá dar conta da demanda nacional de alimentos para a população e de insumos para as indústrias de transformação que utilizam matérias-primas de origem agropecuária e florestal. Mais ainda, de garantir volume e qualidade na oferta de produtos de origem agropecuários e florestais para a exportação.

            Ora, enfrentar simultaneamente a queda relativa e constante dos preços recebidos pelos produtores rurais e a necessária ampliação da oferta para atender à demanda da economia nacional e internacional exigirá dos camponeses, associados ou não, um esforço concentrado e ousado de aumentar a escala de produção, diversificar a oferta de alimentos e de matérias primas para a industrialização interna e para a exportação, assim como incorporar processos de gestão da unidade camponesa que garantam, por um lado, a autonomia relativa camponesa perante o capital e, por outro lado, o aumento da escala e volume de produção.

            Essa ousadia camponesa não poderá esperar, ainda que assim ocorra na maior parte das situações e casos, os tempos culturais tradicionalmente adotados pelos próprios camponeses, vivenciando as mais diversas maneiras de inserção territorial, para incorporarem mudanças no seu modo de ser e de viver. A classe dominante, na sua expansão no campo e na renovação das formas de exploração e subordinação camponesa, não respeita os tempos culturais camponeses e tende a homogeneizar o modo de produção no campo. Isso ocorre seja porque as políticas públicas lhes favoreçam essa crescente subordinação do campesinato à burguesia, via a política de crédito rural e as tecnologias que induzem os camponeses a mudarem seus referencias de produção, seja porque a grande empresa capitalista lhes impõem, além dos novos modos de produzir, novas demandas de consumo de bens e serviços.

            Isso não significa dizer que os movimentos e organizações sociais populares e sindicais no campo adotem os mesmos métodos e critérios de relação social com os camponeses que aqueles adotados pelas classes dominantes. O que, sim, desejo enfatizar, é que a variável ‘tempo político’ deve estar presente nos esforços de mudança e afirmação, numa dialética continuada, do modo de ser e de viver camponeses. A fala que consagra os tempos culturais camponeses, ainda que apoiada num processo de respeito às pessoas e ao seu que-fazer, necessitaria incorporar a reflexão sobre a correlação de forças econômicas, políticas e ideológicas em presença.

O que desejo destacar, e aqui reitero, é que a luta pela afirmação e ampliação da economia camponesa deve dar conta dos tempos políticos do capitalismo dominante que, no seu processo de homogeneização do modo de produção no campo, ora submetem ora devastam o campesinato.

A empresa capitalista utiliza métodos de mudança social que induzem os camponeses a se sujeitarem aos interesses do capital. São métodos ora sutis, ora coercitivos. E a maioria dos camponeses muda, adota o jeito de ser e de fazer induzido pelas empresas capitalistas. Ou, num processo de diferenciação do campesinato, estes acabam ora por depender das políticas públicas compensatórias ora abandonam a terra, isto devido à impossibilidade efetiva de nela permanecerem como produtores em face das complexas combinações de fatores que se arranjam diferentemente em decorrência das situações diversas de contextualização econômica, social e histórica dos camponeses.

            A ofensiva política de caráter democrático e popular dos movimentos e organizações populares e sindicais no campo não pode se contrapor a esses métodos com outros similares. Todavia, os métodos participativos, ainda que mais demorados para darem conta das descobertas populares, devem levar em conta a velocidade das ações dos adversários. Caso essa velocidade seja desconsiderada, os camponeses tenderão a sucumbirem aos interesses do capital pela falta de alternativa imediatas de ação para resolver seus problemas de reprodução social no contexto contemporâneo.

Subordinar as mudanças sociais do campesinato que lhe permitam um aumento de escala e volume de produção, tendo em vista enfrentar os desafios de demanda de alimentos e de matérias primas de origem agropecuária e florestal, a uma hipotética mudança nos hábitos de consumo da população brasileira e mundial, hábitos esses induzidos pela concepção de mundo capitalista, seria o mesmo que afirmar que as mudanças sociais necessárias para a afirmação do campesinato deveriam aguardar a revolução socialista ou similar que deverá um dia se dar no país.

Os camponeses brasileiros, na sua maioria, vivenciam uma crise objetiva de baixa geração de renda monetária. E isso, além de lhe manterem em situação relativa de pobreza, lhes impedem o acesso aos bens materiais e serviços hoje ofertados pela diversificação e crescimento da oferta capitalista que, mesmo sendo referenciais de uma sociedade de consumo, poderiam lhe facilitar a redução da penosidade do trabalho, o aumento relativo da produção e o da produtividade do trabalho e do solo e, como consequência,a obtenção de uma melhor qualidade de vida. Refiro-me aqui sobretudo a três aspectos: a motomecanização leve, a novas formas de gestão da unidade de produção e a uma escala gradual de incorporação de tecnologias baseadas nos princípios da agroecologia.

Portanto, não advogo nem a subordinação dos camponeses ao capital, nem a reificação da vida bucólica camponesa baseada numa pobreza engrandecedora. Está-se perante um desafio complexo e difícil que não permite nem a perplexidade perante o real nem respostas mecânicas que omitam a afirmação do camponês como classe social[1].

Aumentar a escala e volume da produção não significa subordinar os camponeses ao modelo de produção dominante, nem à matriz tecnológica que lhe dá respaldo. Por outro lado, as alternativas tecnológicas e de cooperação camponesa à esse modo de produção dominante não deveriam ser de tal ordem que exijam tempos de mudanças social camponesas incompatíveis com a correlação de forças políticas determinadas pela racionalidade capitalista.

            O aumento da escala da produção camponesa, aliado à diversificação de cultivos e criações, do aumento da produtividade e de relações menos degradadoras do meio ambiente, não pode estar condicionado às mudanças gerais (em toda a sociedade) na concepção de produção e consumo hoje imperantes. Essa premissa se aplicada literalmente pode se tornar uma forma de escapismo político para não se enfrentar objetivamente as demandas concretas de se ampliar a escala de produção e a produtividade da unidade de produção camponesas.

            Mantida a incipiente escala de produção camponesa, mais ainda se limitada exclusivamente à produção para o autoconsumo, a tendência será a ampliação do êxodo rural dos camponeses, seja pela crescente pobreza seja porque tenderão a se subordinarem ao agronegócio através de associações pelos contratos de produção, cessão de terras para arrendamento ou perda da terra por endividamento.


[1] Ver Carvalho, Horacio Martins (2007). O campesinato na dinâmica contraditória das classes sociais no campo. Curitiba, janeiro,  mimeo 29 p.

Sobre o Encontro Regional dos Estudantes de Agronomia

O Encontro Regional de Estudantes de Agronomia, IIIEREA-NE, abrangerá a região nordeste do Brasil, local que atualmente é composto pelas CR.s 5 e 8 da FEAB. Sendo o Encontro organizado pela a Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil (FEAB) na cidade de Fortaleza- CE, entre os dias de 27 a 31 de maio.

Em nosso terceiro encontro estaremos buscando avançar nos debates que envolvem a Formação Profissional, tendo em vista que em sua grande maioria os estudantes de Agronomia não constituem de fato a Federação, o que nos impede de ter uma base mais solida e representativa, lançamos como meta deste IIIEREA-NE trabalhar de maneira transversal as temáticas ligadas ao profissional trazendo uma abordagem qualificada de conteúdo, apontando para a Federação como perspectiva de organização dos estudantes e elencando linhas de ação concreta para desenvolver lutas no próximo período em prol de nossos ideais.

 Entendendo a importância deste momento para uma melhor articulação entre as escolas do nordeste, buscando uma importante unidade na luta concreta e na construção da FEAB é que convocamos a todas as escolas de Agronomia do Nordeste a participar do III EREA – NE que tem como tema “O Profissional Agrônomo: O papel da FEAB na sua construção/formação”. 
O encontro terá como caráter abordar temas transversais e que facilite o entendimento de todos, mas que busque uma interlocução entre nossas bandeiras progressivamente aprofundando o debate. Tendo nas Plenárias Regionais de Base – PREB.s e na Plenária Final nosso momento de Formulação e apontamento de lutas.

Colocamos aqui a importante contribuição das Escolas do Nordeste na realização dos pré- EREA buscando nestes abordar a temática do encontro, na organização do transporte e na divulgação local do evento.

Av. Mister Hull, 2977, Pici - CEP 60021-970 - Fortaleza – CE
Telefone(85)88080980,(85)91966760
Email: feabfortaleza@yahoo.com.br

O Ensino Superior Agrícola no Brasil


Guy Capdeville
Universidade Federal de Viçosa (UFV)
Historia o surgimento e a evolução do ensino superior agrícola no
Brasil. Em 15 de fevereiro de 1877, instalava-se, no Brasil, o primeiro curso
superior da área de ciências agrárias
Escola Agrícola da Bahia. Dessa data até 1910
regulamentação oficial desse tipo de ensino
cursos de Agronomia. Embora os estatutos da Imperial Escola Agrícola da Bahia
(1875) previssem, no seu Art. 5
superiores de Engenharia Agricola, Silvicultura e Veterinária, o primeiro curso
de Medicina Veterinária só foi inaugurado em 1913, no Rio de Janeiro. Em 1960,
criou-se o primeiro curso de Engenharia Florestal (Viçosa-MG); em 1966, o
primeiro de Zootecnia (Uruguaiana-RS) e, em 1973, o primeiro de Engenharia
Agrícola (Pelotas-RS). Em janeiro de 1990, eram 72 os cursos de Agronomia; os
de Veterinária, 43; os de Engenharia Florestal, 14; os de Zootecnia, 16; e os de
Engenharia Agrícola, 8. Em março de 1961, foi inaugurado, na então
Universidade Rural do Estado de Minas Gerais, hoje Universidade Federal de
Viçosa, o primeiro curso de pós-graduação, no Brasil, no modelo norteamericano
do
havia 108 cursos de mestrado e 28 de doutorado em Ciências Agrárias, no Brasil.
Acredita-se que a formação de profissionais agrícolas de nível superior é uma
das áreas bem sucedidas da educação brasileira.
o Curso de Agronomia da Imperialano em que se faz a primeirafuncionaram, no Brasil, oito0, além do curso de Agronomia, os cursosMaster of Science ou Magister Scientia?. Em janeiro de 1990,
Primórdios
As primeiras tentativas de se instalar o ensino superior agrícola
no Brasil enfrentaram a indiferença das elites e o desinteresse da
população. A agricultura nacional, baseada no latifúndio, na monocultura
de exportação, no trabalho escravo, na
R. bras. Est. pedag., Brasília, v.72, n.172, p.229-2Gl, set./dez. 1991
abundância de terras novas e férteis e no descaso pelo manejo e
conservação do solo, exigia muito pouca diversificação e quase nenhuma
qualificação da força de trabalho. Segue-se daí que nenhum serviço a
escola tinha a lhe prestar, no que se refere à formação de mão-de-obra.
Quanto à reprodução das relações de dominação e da ideologia
dominante, outras agências dela se encarregavam, satisfatoriamente
(Freitag, 1986, p.45 e 48).
Não havia, pois, razões para o governo criar escolas agrícolas,
nem mesmo outra escola qualquer, no campo. A agricultura, praticada por
escravos e ex-escravos, não era exercida "profissionalmente". O
campesinato surgiu muito tarde, no Brasil. O trabalho assalariado na
agricultura só começou a ser realmente praticado após a chegada dos
imigrantes europeus, que vieram substituir o trabalho escravo. Os
imigrantes, de sua parte, também não precisavam de mais educação do
que a que já possuíam, para o desempenho das atividades que lhes eram
confiadas. A atividade agrícola era, deste modo, considerada um ofício
para o qual não se precisa de treinamento algum. Qualquer um poderia
exercê-lo; daí seu desprestígio. Esse ofício não envolvia perícia técnica
que precisasse ser aprendida, e é justamente por isso que qualquer um
poderia exercê-lo. Para que estudá-lo, então?
Outras, portanto, foram as razões que levaram, primeiramente,
Dom João e, depois, os outros que seguiram seu exemplo a se
preocuparem com "escolas de agricultura"; provavelmente a inspiração do
Príncipe Regente veio dos ideais iluministas em que fora educado,
combinados com a necessidade bem prática e imediata de adaptar o país à
sua nova condição de sede da Corte Portuguesa.
Entretanto, nem mesmo o empenho de Dom João e, posteriormente,
o daqueles que o imitaram conseguiram vencer a inércia da
desmotivação e do desinteresse por este tipo de estudo. Quando, em 1859,
se propôs a fundação da Escola Superior Agrícola da Bahia, destinada à
formação de "agrônomos, engenheiros agrícolas, silvicultores e
veterinários", deu-se o mesmo fenômeno. Todos aceitavam a importância
e a oportunidade da idéia de se criar uma escola agrícola superior, não
porém com o entusiasmo
R. bras. Est. pedag., Brasília, v.72, n.172, p.229-261, set./dez. 1991
suficiente para colocá-la em prática. A escola da Bahia levou 17 anos para
passar de ideal a realidade e, quando o fez, não foi sem tropeços. A
primeira turma de formados, em 1880, foi de dez alunos, mas nos cinco
anos seguintes a média de formados foi de 4,5 por ano. Ao apagar das
luzes do século XIX, a matrícula caiu praticamente para zero e, no início
do século XX (1902), a escola foi fechada.
A situação da segunda escola superior agrícola, a de Pelotas, no
Rio Grande do Sul, não foi mais animadora. Nos seus primeiros 20 anos
de funcionamento, a média de formados foi de apenas um por ano (Tabela
1). Para aumentar o número de matrículas, sugeria-se recrutar os alunos
nos "estabelecimentos pios". O governo, por outro lado, só após muito
relutar, concorda em aprovar os regulamentos dessas escolas, mas se
recusa sempre a lhes conceder recursos, que alega não possuir, o que é
verdade, pois suas opções de gastos são sempre outras.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Programação do Encontro




METODOLOGIA

27/mai
28/mai
29/mai
30/mai
31/mai
Manhã
Inscrições
Abertura
Mesa II e GD: Formação Profissional - Currículo e PL 2829  
Ato Público
Reunião das delegações
Painel I: Análise de Conjuntura: Educação e Questão Agrária
Tarde
Inscrições
Mesa I e GD: Formação Profissional: Extensão e CT    
Painel II
Campanhas da FEAB - Via Campesina
Ato Público
Plenária Final
Noite
Palestra: Histórico da Agricultura
PREB 1: Conjuntura Local
Preparação para o Ato
Painéis Paralelos
Volta para casa!
Apresentação das escolas
PREB 2: Calendário de lutas
Cultural
Cultural
Cultural
Não haverá Cultural.
Recepção e Inscrição: Receber e efetuar a inscrição das delegações dos diferentes estados do Nordeste. Por fim fazer uma apresentação do campus.
Palestra Inicial: “Histórico da Agricultura” - Momento prévio de curta duração, com o objetivo de integrar as congressistas dentro da temática.
Apresentação das escolas: Momento breve onde as escolas que já estiverem chegado se apresentarão.
Mesa de Abertura: Apresentar os objetivos do evento bem como dar boas-vindas as delegações e dar inicio aos trabalhos do encontro.
Painel I: “Analise de Conjuntura” – Momento que os facilitadores irão trazer uma análise de conjuntura da educação e da questão agrária brasileira.     
Mesa 1: Formação Profissional” –  Este momento trará uma abordagem da Universidade na formação do futuro Agrônomo, qual tem sido seu verdadeiro papel e como tem ocorrido os ataques a Educação Superior, como a fragmentação do curso visa atingir os objetivos do Capital, a super especialização e o quão isso é prejudicial  a Sociedade. Tendo como eixos transversais o Currículo e a PL 2829 para abordar estas temáticas.   
PREB I: Plenária Regional de Entidades de Base: Momento onde se reúne toda a militância da federação para apresentar a realidade de cada grupo e realizar um repasse das atividades desenvolvidas. Este momento tem como objetivo, também, levantar elementos da conjuntura local, a fim de deixar claro quais são os momentos estratégicos de luta para o próximo período.
PREB II: Plenária Regional de Entidades de Base: Momento de continuidade a PREB I, onde aprofundaremos nossa analise sobre a conjuntura local, assim buscando construir coletivamente os apontamentos de luta pro próximo período. Teremos ao fim do espaço a construção de um calendário de lutas e eventos da FEAB Nordeste.
Mesa II:Formação Profissional” – Momento onde estaremos abordando o papel da Universidade como formuladora de Ciência e como esta é levada a Sociedade, travando o debate na perspectiva de uma necessária mudança na forma de se fazer Ciência e de se difundi-la. Serão temas transversais a Extensão e Ciência e Tecnologia. 
 Painéis Paralelos: Varias temáticas ligadas ao evento que estarão ocorrendo paralelamente: Educação do campo, Campanhas da FEAB, Gênero, Novas Tecnologias, Matriz energética e energias renováveis, Código Florestal, Soberania Alimentar, Cotas.
Grupos de Discussão (GD I E II): Destinado ao aprofundamento e troca de experiências dos participantes, usando como subsídio, dinâmicas de grupo e as discussões realizadas nos painéis que serão sistematizados com a ajuda dos coordenadores.
Preparação e Oficina do Ato Público: Momento onde apresentaremos o objetivo do ato na cidade de Fortaleza, bem como as características da região. A oficina do ato será um momento de construir a cara do nosso ato para dialogar com a sociedade em torno das nossas pautas de reivindicação.
Ato Público: A partir da dinâmica do congresso dialogaremos com o coletivo da sociedade para extrapolar nossas pautas além dos muros da universidade.
Descanso: Momento Livre.
Oficinas: Atividades leves e de cunho mais pratico.
 Atividades Culturais: Propiciar a produção artística e cultural da região, divulgar trabalhos desenvolvidos nas escolas e valorizar a cultura popular da região.
Reunião das Delegações: Momento em que as delegações irão se reunir para compartilharem suas impressões políticas do encontro regional.
Plenária Final: Momento onde estaremos votando as propostas que tenham surgido durante o encontro. A votação será presencial, ou seja, sem delegado e por maioria de voto. Encaminhamentos políticos do encontro, nota de apoio e/ou nota de repudio. Apresentação e consolidação do calendário de lutas.
Culturais (propostas de programação)
27/05: Apresentação de um espetáculo teatral que tenha como foco a agricultura nordestina e os desafios do semiárido; Posterior apresentação musical com banda a definir.
28/05: Apresentação de banca típica nordestina (a definir)
30/05: Apresentação musical (a definir)